A primeira cronologia da Literatura Portuguesa foi editada pela Cambridge Scholars Publishing, organizada pelo professor da Universidade Nova de Lisboa (UNL), Rogério Miguel Puga, e é apresentada hoje no Kings College, pelo autor.
Intitulada 'Chronology of Portuguese Literature 1128-2000', a edição elenca as diferente obras publicadas, num total de 239 páginas, ocupando o século XX a maioria de páginas – 110.
«Trata-se da primeira cronologia em qualquer língua, nunca antes se pensou em sistematizar cronologicamente as obras editadas em Portugal», disse o autor à Lusa, em Agosto, pouco depois da publicação.
A ideia da obra, segundo Rogério Puga, surgiu do seu contacto com os alunos estrangeiros dos cursos de verão, que várias vezes lhe pediam uma sistematização dos principais títulos literários nacionais.
«A ideia é tão evidente que surpreendentemente ninguém tinha ainda organizado uma cronologia da nossa literatura», disse à Lusa. A opção por uma editora estrangeira foi feita com o fito da internacionalização da obra, «e porque foram alunos estrangeiros que me deram a ideia».
O autor afirmou que «foi muito fácil o contacto» com a Cambridge Scholars Publishing que «aceitou desde logo a publicação, até por achar que é de facto uma obra de referência e que não existe nenhuma até ao momento».
«O interesse que irá gerar em bibliotecas e especialistas da área, paga a edição», disse o autor entre risos.
A Cronologia «incluí apenas autores portugueses, os autores brasileiros e dos países africanos de Língua Portuguesa não foram incluídos», disse o autor que levou seis anos a estruturar a obra que inclui um breve prefácio que refere o contexto histórico-cultural.
Aforismo de Aforismos, de Vicente Sanches, é o último título referenciado no ano de fecho da cronologia, o ano 2000 que, «só por si, ocupa três páginas».
Referindo-se ao critério como escolheu as diferentes obras, essencialmente no século XX em que a produção literária cresceu significativamente, o investigador afirmou que «não podendo ser exaustivo, optou-se pelo mais representativo, dando-se o relevo aos chamados autores obrigatórios e não esquecendo autores que editaram apenas um título mas que têm o direito de constar».
A hagiografia Vita Sancti Geraldi, atribuída a D. Bernardo, é a primeira obra referenciada, sendo secundada pelo Chronicon Alcobacense (1134).
Em declarações à Lusa, o investigador na área de estudos anglo-portugueses afirmou que optou «por modernizar todos os títulos, à excepção dos originalmente escritos em latim, e manteve em espanhol os que na primeira edição foram nessa língua, como foi o caso de Jacinto Cordeiro, para citar apenas um».
«Uma das mais valias da cronologia, e que não é comum, é o facto de, quando conhecidos, serem apresentados os anos de nascimento e morte na primeira referência [a cada autor]», acrescentou Rogério Miguel Puga.
Rogério Miguel Puga é autor de várias obras e artigos em revistas e edições de referência. Um dos seus livros, A presença inglesa e as relações anglo-portuguesas em Macau, traduzido para inglês, será também publicado em Hong Kong e no Reino Unido.
A sessão de lançamento da cronologia tem início às 18h, no King's College, em Londres. O autor dá igualmente uma palestra sobre representações de Macau pelo pintor inglês George Chinnery do século XIX.
O autor é doutorado em Estudos Anglo-Portugueses pela UNL, investigador auxiliar no Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies (UNL) e colaborador do Centro de História de Além-Mar (UNL) e do Centro de Estudos Comparatistas (UNL), assim como investigador convidado do Departamento de História da Universidade de Macau.
Intitulada 'Chronology of Portuguese Literature 1128-2000', a edição elenca as diferente obras publicadas, num total de 239 páginas, ocupando o século XX a maioria de páginas – 110.
«Trata-se da primeira cronologia em qualquer língua, nunca antes se pensou em sistematizar cronologicamente as obras editadas em Portugal», disse o autor à Lusa, em Agosto, pouco depois da publicação.
A ideia da obra, segundo Rogério Puga, surgiu do seu contacto com os alunos estrangeiros dos cursos de verão, que várias vezes lhe pediam uma sistematização dos principais títulos literários nacionais.
«A ideia é tão evidente que surpreendentemente ninguém tinha ainda organizado uma cronologia da nossa literatura», disse à Lusa. A opção por uma editora estrangeira foi feita com o fito da internacionalização da obra, «e porque foram alunos estrangeiros que me deram a ideia».
O autor afirmou que «foi muito fácil o contacto» com a Cambridge Scholars Publishing que «aceitou desde logo a publicação, até por achar que é de facto uma obra de referência e que não existe nenhuma até ao momento».
«O interesse que irá gerar em bibliotecas e especialistas da área, paga a edição», disse o autor entre risos.
A Cronologia «incluí apenas autores portugueses, os autores brasileiros e dos países africanos de Língua Portuguesa não foram incluídos», disse o autor que levou seis anos a estruturar a obra que inclui um breve prefácio que refere o contexto histórico-cultural.
Aforismo de Aforismos, de Vicente Sanches, é o último título referenciado no ano de fecho da cronologia, o ano 2000 que, «só por si, ocupa três páginas».
Referindo-se ao critério como escolheu as diferentes obras, essencialmente no século XX em que a produção literária cresceu significativamente, o investigador afirmou que «não podendo ser exaustivo, optou-se pelo mais representativo, dando-se o relevo aos chamados autores obrigatórios e não esquecendo autores que editaram apenas um título mas que têm o direito de constar».
A hagiografia Vita Sancti Geraldi, atribuída a D. Bernardo, é a primeira obra referenciada, sendo secundada pelo Chronicon Alcobacense (1134).
Em declarações à Lusa, o investigador na área de estudos anglo-portugueses afirmou que optou «por modernizar todos os títulos, à excepção dos originalmente escritos em latim, e manteve em espanhol os que na primeira edição foram nessa língua, como foi o caso de Jacinto Cordeiro, para citar apenas um».
«Uma das mais valias da cronologia, e que não é comum, é o facto de, quando conhecidos, serem apresentados os anos de nascimento e morte na primeira referência [a cada autor]», acrescentou Rogério Miguel Puga.
Rogério Miguel Puga é autor de várias obras e artigos em revistas e edições de referência. Um dos seus livros, A presença inglesa e as relações anglo-portuguesas em Macau, traduzido para inglês, será também publicado em Hong Kong e no Reino Unido.
A sessão de lançamento da cronologia tem início às 18h, no King's College, em Londres. O autor dá igualmente uma palestra sobre representações de Macau pelo pintor inglês George Chinnery do século XIX.
O autor é doutorado em Estudos Anglo-Portugueses pela UNL, investigador auxiliar no Centre for English, Translation and Anglo-Portuguese Studies (UNL) e colaborador do Centro de História de Além-Mar (UNL) e do Centro de Estudos Comparatistas (UNL), assim como investigador convidado do Departamento de História da Universidade de Macau.
Fonte: Sol