quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ciberescola da Língua Portuguesa

Está agendado para dia 28 de Outubro, às 19h00, nas instalações da Fundação Cidade de Lisboa (Campo Grande, n.º 380), o lançamento oficial da plataforma de recursos interactivos e cursos online de ensino do português "Ciberescola da Língua Portuguesa", o novo serviço do Ciberdúvidas, já disponível para consulta.

A Ciberescola da Língua Portuguesa é uma plataforma de ensino e apoio ao ensino do português, na componente de língua materna e na componente de língua não materna /estrangeira. Integra recursos para professores, exercícios interactivos e cursos a distância. O acesso é universal e gratuito, não sendo necessário descarregar nenhum software adicional.

Todos os conteúdos - quer dos exercícios quer dos cursos quer do banco de recursos - são originais, produzidos e geridos por professores e investigadores em linguística. A plataforma trata as competências da gramática, leitura, escrita, oralidade e vocabulário, constituindo, desse modo, um projecto inovador no universo de oferta de ensino do português via Web.

Para mais informações, consultar o sítio Ciberescola da Língua Portuguesa - Direção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.
In: Portal das Escolas

Alves Redol - Horizonte Revelado

No ano do centenário de nascimento de Alves Redol, a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, em parceria com diversas entidades do conselho, tem vindo a promover um vasto programa de eventos no sentido de evocar o escritor e a sua obra. É nesse âmbito que o Museu do Neo-Realismo apresenta, de 22 de Outubro a 11 de Março, três exposições: "Alves Redol - Horizonte Revelado", "Alves Redol em Banda Desenhada" e "Alves Redol e a Fotografia". A entrada é livre, mas as escolas devem proceder a marcação prévia, podendo igualmente beneficiar de outras actividades oferecidas pelo serviço educativo do museu.

Estas exposições procuram não apenas celebrar uma data relevante, mas também transpor o resultado de todo um trabalho de investigação e análise acerca de Alves Redol, pioneiro do movimento neo-realista em Portugal, através da obra Gaibéus (1939).

O autor deixou um significativo património literário, resultado do compromisso assumido com o seu tempo e também com a sua cidade, Vila Franca de Xira.

Horizonte Revelado é uma exposição biobibliográfica que se considera a mais abrangente e completa até hoje realizada em Portugal, tendo sido estruturada para dar a conhecer ao público uma visão alargada e mesmo inovadora do percurso literário de Alves Redol, no sentido de permitir uma leitura mais complexa e aprofundada sobre o trajecto de um escritor essencial para entender os valores e as ideias que marcaram o Portugal de meados do século XX.

Para mais informações, aceder ao blogue da Rede de Bibliotecas Escolares ou ao sítio do Museu de Neo-Realismo da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.
In: Portal das escolas

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Concurso PARTICIPAR PARA MUDAR

O concurso Participar para mudar destina-se a todos os alunos que frequentam o ensino básico, secundário e profissional, desafiando-os a desenvolver projetos que promovam a participação na comunidade. Os critérios essenciais para a elegibilidade dos projetos consistem na abordagem às questões da Cidadania Europeia e no envolvimento da comunidade educativa e local.
Os projetos concorrentes devem ser elaborados por grupos com um máximo de 15 participantes, incluindo o seu responsável pedagógico, seja um professor ou um encarregado de educação. Podem inscrever-se vários grupos por estabelecimento de ensino.
Para mais informações acerca do concurso e da temática Cidadania Europeia consulte: www.participarparamudar.eu.

O novo Acordo Ortográfico


Já cheguei a ouvir protestos contra a adulteração da língua de Camões ou Fernando Pessoa. Mas a língua desses mestres da nossa literatura, o nosso português (tão nosso quanto dos brasileiros, moçambicanos e todos os povos de língua portuguesa), não se escrevia na sua época como se escreve hoje. Atentemos no seguinte exemplo, retirado de um poema de Fernando Pessoa, temporalmente bem mais próximo de nós, apesar de tudo, do que a obra de Camões:


A Grande Esphynge do Egypto sonha por este papel dentro...
Escrevo - e ella apparece-me atravez da minha mão transparente
E ao canto do papel erguem-se as pyramides...
Retirado do poema Chuva Obliqua de Fernando Pessoa (1914), publicado na Revista Orpheu 2 (p. 119 da 3ª reedição, Edições Ática, datada de 1984).

A língua sofre evolução ao longo dos tempos e, em Portugal, como noutros países, as normas oficiais que regem a ortografia foram/são alvo de revisões e de atualizações, quanto tal se torna necessário. O principal objetivo do presente Acordo Ortográfico é uniformizar a ortografia do português nos vários países de língua oficial portuguesa.

Com certeza, já se apercebeu de algumas das principais mudanças:

- Desaparecimento de consoantes mudas: Ex.: "ação" em vez de "acção"; "perentório" em vez de "peremptório", passando, neste caso, o "m" a "n".
- Reformulação das regras de utilização de hífen. Exemplos de palavras em que o hífen deixa de ser utilizado: "contraindicação" em vez de "contra-indicação"; "fim de semana" em vez de "fim-de-semana"; "hei de" em vez de "hei-de".
- Utilização de minúscula em vez de maiúscula. Ex.: nos nomes dos meses, nas estações do ano e nos pontos cardeais.
- Possibilidade de dupla grafia em diversas situações, para acautelar as diferenças de pronúncia dos vários países. Ex.: conservação ou supressão de consoante, conforme seja pronunciada ou não ("detectar" no Brasil, mas "detetar" nos restantes países); utilização de acento circunflexo ou de acento agudo ("Antônio" no Brasil, mas "António" em Portugal).

Não será muito fácil, nesta fase inicial, habituarmo-nos à mudança. Portanto, precisamos de estudar as regras e de utilizar os diversos recursos - hoje de mais fácil acesso, devido à Internet - que temos à disposição.

Deixo dois sites como sugestão:

- A Porto Editora possui uma página especial sobre o Acordo Ortográfico com diversas rubricas e recursos de grande utilidade: um conversor gratuito de textos ou de ficheiros on line, a História do Acordo e a legislação que o regulamenta, nomeadamente a que define as etapas da sua entrada em vigor; o texto completo do Acordo; uma coletânea das dúvidas mais frequentes e respetivas respostas; diversos vídeos explicativos das principais mudanças; sugestão de produtos e recursos úteis da Porto Editora.

- O EDUCARE.PT criou também uma página especial de recursos para professores, em que divulga videos, livros e resposta a dúvidas, com a colaboração do site da Porto Editora referido anteriormente.

Se costuma ajudar os seus filhos no estudo em casa, estes recursos podem ser um bom auxiliar. Utilize-os e dê-lhos a conhecer, para que os consigam usar de forma autónoma. Contudo, é preciso ter em conta que o conversor é um bom auxiliar, mas não substitui o conhecimento das novas regras, que é preciso estudar e aplicar.

Legislação consultada:
Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011, de 25 de janeiro
 
Armanda Zenhas
 

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Ainda somos conservadores quando lemos ebooks

O que os adultos querem de um ebook é que ele seja o mais parecido com o livro em papel. Só abrem uma excepção para a criatividade: quando se trata de literatura infantil. As vendas de livros impressos caíram em 2010 e os géneros mais afectados foram a ficção e a literatura infantil. E é o grupo britânico Pearson que lidera o mercado mundial foi hoje divulgado no primeiro dia da Feira do Livro de Frankfurt.
Os leitores que compram ebooks actualmente nos Estados Unidos são muito conservadores. "Querem ler nos seus ereaders o que lêem no papel. A questão agora é saber se no futuro esses leitores vão querer ter nos seus aparelhos coisas mais criativas", disse John Makinson, ontem à tarde, no primeiro dia da Feira do Livro de Frankfurt, numa sessão onde se discutiam quais os novos horizontes para a indústria editorial global.
Mas quando se entra no mercado da literatura infantil, a percepção dos leitores é diferente. "Basta ver uma criança de dois anos a mexer num iPad, um tablet da Apple, para se perceber o que vai acontecer no futuro", acrescentou o CEO da Penguin. Um leitor habitual de livros em formato digital está disposto a pagar mais dinheiro por uma aplicação ou por um ebook que tenha toda a tecnologia multimédia que lhe pode estar associada - vídeo, áudio, etc, etc - se se tratar de um livro de literatura infantil. Mas quando se entra no mercado de livros para adultos, o que os leitores querem ainda é ter a mesma experiência que têm ao ler um livro em papel.
Outros dos dilemas que a marca Penguin enfrenta num momento em que a digitalização facilita a globalização é saber se deve continuar a apostar no mercado da língua inglesa ou se deve optar por estender a sua marca para outros países, como já fez no Brasil numa associação com a editora Companhia das Letras.
O CEO da Penguin, John Makinson, falava durante a sessão onde foi divulgada a lista dos maiores grupos de editores do mundo em 2011 feita pela revista especializada LivresHebdo . O grupo britânico Pearson aparece em primeiro lugar nesta classificação da indústria editorial. Com as suas duas marcas - a Pearson Education e a Penguin - teve em 2010 o melhor ano da sua história com um total de volume de negócios de 6102 milhões de euros. A Pearson Education é considerado o mais importante editor escolar do mundo e a Penguin Group (Dorling Kindersley, Puffin e Ladybird) é um dos principais editores generalistas mundiais com a publicação de 4 mil novos títulos por ano.
A uma distância de mais de 700 milhões de euros aparece nesta lista da LivresHebdo em segundo lugar, o grupo Reed Elsevier com um total de 5387 milhões de euros em 2010. Com as marcas Lexis Nexis e Elsevier Science, este grupo é especializado em publicação de livros de ciência, medicina, direito e gestão. Em terceiro lugar na lista ficou o grupo canadiano Thomson Reuters. Em quinto, a Bertelsmann, seguida da Hachette Livre em sexto.
É o quinto ano que este palmarés que classifica os grupos editoriais mundiais é realizado pela revista francesa em conjunto com a Rudriger Wischenbart Content and Consulting.
Pela primeira vez entraram na lista grupos editoriais chineses, russos e brasileiros. Na China, no Brasil e na Coreia os novos gigantes da edição estão ligados à edição escolar e universitária.
Um outro relatório sobre a vendas de livros mundiais foi divulgado durante a conferência TOC – Tools of Change em Frankfurt. A Nielsen Book revelou que as vendas de livros impressos continuaram a cair em 2010 em diversos mercados e concluiu que as condições macroeconómicas vão ficar piores antes de melhorarem.
No mercado a maior queda na venda de livros impressos deu-se na Irlanda (8,7 %), no Reino Unido (6,1%), nos EUA (5,7%) e em Espanha (2,3 %). O género literário mais afectado por esta quebra de vendas nos livros impressos foi a ficção seguida dos livros infantis.
 In: Público

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Novo programa de Língua Portuguesa


Um novo programa de Língua Portuguesa entrou em vigor, através da publicação em Diário da República da Portaria n.º 266/2011 de 14 de Setembro.
Após uma fase de preparação dos professores de Língua Portuguesa, tanto através de formação como da atribuição de tempos da componente não lectiva para a realização de sessões de trabalho nas escolas, encontram-se reunidas as condições para a entrada em vigor do novo programa no ano lectivo de 2011-2012, designadamente nos 1.º, 2.º, 5.º e 7.º anos de escolaridade.
Para os 3.º, 6.º e 8.º anos a sua aplicação far-se-á apenas no ano lectivo de 2012-2013, ficando para o ano lectivo de 2013-2014 a sua extensão aos 4.º e 9.º anos de escolaridade.

O Português Língua Não Materna no âmbito da organização curricular dos 2.º e 3.º ciclos



Considerando que o Português Língua Não Materna (PLNM) funcionava no âmbito da área curricular não disciplinar do Estudo Acompanhado, nos termos do Despacho Normativo n.º 7/2006, de 6 de Fevereiro, e atendendo ao facto desta área ter desaparecido, com a publicação do Decreto-Lei n.º 94/2011, de 3 de Agosto, importava criar um novo enquadramento para o seu desenvolvimento. É este o objectivo do Despacho Normativo n.º 12/2011, de 22 de Agosto que determina o modo de operacionalização desta aprendizagem, respeitando os seus níveis de proficiência linguística (iniciação, intermédio e avançado).

As medidas adoptadas para a melhoria dos níveis de leitura


Apesar dos progressos registados na Europa relativamente ao desenvolvimento de políticas de literacia ao nível da leitura, os resultados são ainda insuficientes. Um em cada cinco jovens com 15 anos de idade e um elevado número de adultos não conseguem ler correctamente. Esta é a principal conclusão de um estudo recente da Comissão Europeia, desenvolvido pela rede Eurydice e apresentado publicamente no mês de Julho.
Este estudo abrange 31 países (Estados-Membros da União Europeia, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Turquia) e vem demonstrar que, na maioria das situações, as políticas de literacia desenvolvidas têm deixado de fora os grupos considerados de maior risco, nos quais se incluem os rapazes, as crianças de meios desfavorecidos e os migrantes.
De entre as políticas implementadas na maioria dos países, o estudo destaca o facto de ser hoje prática comum a iniciação da aprendizagem da leitura nos anos do pré-escolar. Do mesmo modo, são cada vez mais utilizados meios diversificados para ensinar a ler, nomeadamente os contos, as revistas, a banda desenhada e a Internet. Todavia, não parece existir uma abordagem única que possa garantir o êxito em todas as situações.
Pior cenário é encontrado no que respeita à especialização dos docentes nesta matéria. O estudo refere, a este respeito, que poucos são os países que dispõem de especialistas em leitura que possam dar apoio aos docentes e aos discentes.
No que concerte ao foco das atenções, este mesmo estudo reconhece que a promoção da leitura tem sido objecto de apoio nas políticas e nas iniciativas locais. No entanto, estas tendem a dirigir-se à população em geral e não às pessoas com propensão para terem dificuldades na leitura.
De referir que de acordo com a meta fixada pelos Ministros da Educação da União Europeia, até 2020, os países deverão baixar de 20% para 15% a percentagem de indivíduos com resultados insuficientes na leitura. Segundo o comunicado que acompanha a divulgação deste estudo, até ao momento, apenas a Bélgica (Comunidade Flamenga), a Dinamarca, a Estónia, a Finlândia e a Polónia alcançaram esta meta.